São utilizados diversos métodos de restauração florestal, no entanto, não existe um que seja o mais indicado para todas as situações. Assim, sua determinação está condicionada a fatores como:
- Grau de degradação da área;
- Resiliência;
- Distância da área e sua conectividade com relação a outros fragmentos;
- Recursos disponíveis.
Dentre os fatores acima mencionados, a resiliência da vegetação é o principal fator para se determinar o nível de intervenção necessária para desencadear o processo de restauração. Quanto maior a resiliência menor a intensidade e quantidade de intervenções necessárias.
Assim, o método a ser utilizado pode ir do simples isolamento da área para permitir o desenvolvimento da regeneração natural, até a introdução de propágulos de espécies vegetais nativas, com o uso de elevada quantidade de insumos e inúmeras repetições de operações necessárias para possibilitar o estabelecimento da vegetação em restauração.
Independente da técnica utilizada almeja-se que a intervenção seja capaz de restaurar o ambiente em curto espaço de tempo, apresentar alta responsividade ecológica, social e econômica e, o mais importante, apresentar relação custo-benefício favorável à sua utilização.
No projeto Corredor Caipira, pela ampla dimensão do território de abrangência, certamente há situações para a aplicação das inúmeras técnicas de restauração possíveis. E isto é interessante e desejável já que o projeto tem o caráter pedagógico como um de seus principais elementos.
O Corredor Caipira é um projeto realizado pelo Núcleo de Apoio à Cultura e Extensão Universitária em Educação e Conservação Ambiental (Nace-Pteca) da Esalq/USP e pela Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq), com o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
A seguir serão apresentados 7 métodos de restauração florestal que podem ser utilizados nas diferentes situações diagnosticadas na área
Confira esses 7 métodos de restauração florestal
1. Restauração passiva
Consiste em possibilitar o retorno espontâneo de um ecossistema degradado sem intervenção humana. Há situações onde há potencial para a regeneração natural, mas que não se desenvolve devido à existência de agentes que estejam impedindo ou dificultando seu estabelecimento. Nesses casos, é necessário implementar ações práticas para eliminar os agentes de degradação como, por exemplo, a instalação de cercas isolando a área para impedir o acesso de animais de criação. A Figura 1 traz uma ilustração da sucessão vegetacional que se espera com a aplicação deste método.