Árvores Guardiãs: cartilha para docentes aborda a temática das árvores nativas da região com atividades lúdicas e inspiradoras

Como abordar a questão socioambiental no ensino fundamental? Como propiciar a participação das crianças num processo transformador do território? Como promover uma educação transformadora e esperançosa dentro e fora da escola? A busca por respostas a essas perguntas inspirou o projeto “Corredor Caipira: Conectando Paisagens e Pessoas”, patrocinado pela Petrobras, a elaboração da cartilha: “Árvores Guardiãs: conceitos e atividades para uma educação transformadora”. Esta cartilha é dedicada a educadores e educadoras que buscam trabalhar, junto às suas e aos seus estudantes, caminhos pedagógicos inspiradores para uma vida mais harmoniosa envolvendo os seres humanos e a natureza. 

Uma verdadeira transformação voltada à valorização das florestas e das pessoas e ao reconhecimento da árvore como símbolo de uma nova mentalidade, focada em nossa reconexão com o território onde vivemos. Estamos certos de que as educadoras e os educadores, têm um papel fundamental na construção dessa relação de pertencimento e de integração!

O que você irá encontrar na cartilha “Árvores Guardiãs”?

Nesse sentido, apresentamos, na cartilha, árvores nativas da região da Mata Atlântica, com as quais possuímos uma inspiradora relação de proteção mútua: ao mesmo tempo em que as consideramos nossas guardiãs, reconhecemo-nos como guardiãs e guardiões delas. Um prato cheio para trabalhar questões como a educação ambiental transformadora junto a brincadeiras e atividades lúdicas que nos ajudam a internalizar aprendizados. 

Ao todo, o conteúdo possui sete árvores de nossa região, sete princípios fundamentais para uma educação transformadora e sete atividades práticas e lúdicas que possibilitam a reflexão e o aprendizado sobre estes conceitos e princípios. Cada uma das sete atividades propostas têm uma ou mais disciplinas como ênfase embora tenham o potencial de serem trabalhadas de forma interdisciplinar.

Todos os conceitos abordados na cartilha são fundamentais para o desenvolvimento de sociedades responsáveis e que prezam pelo coletivo. Pensar um modo de vida agroecológico, que promove a valorização das interações e o respeito ao ambiente e à vida é, também, pensar a diversidade, a biodiversidade, a identidade, o pertencimento, a participação e a conectividade.

Não há organismo que viva isoladamente e, enquanto pertencentes à natureza que se transforma constantemente, devemos nos reinventar a cada momento, sempre buscando o diálogo, o cuidado e o afeto. Nosso mundo natural só existe devido às trocas e aos fluxos – de informações, de material genético, de energia, de água –, e nosso mundo humano somente existe devido aos aspectos culturais que nos ligaram desde sempre. 

 Articular a arte e a cultura em atividades lúdicas, dentro da educação, é o caminho mais palpável para trabalhar a interdependência desses milhares de fatores que compõem nossa efêmera vida. Acreditamos que uma comunidade solidária, respeitosa, amorosa e agroecológica somente seja possível se, coletivamente, metermos as mãos na massa e construirmos a sociedade que queremos. Se não nos movimentarmos, se não educarmos as próximas gerações para o comunitário, para o ecológico e para o inclusivo, e se não sairmos de nossas zonas de conforto, nada mudará.

Dessa forma, conectar paisagens e pessoas em uma rede de valorização à vida é, mais uma vez, dar voz às culturas afro caipiras da região, é estruturar políticas públicas ambientais eficientes e integradoras, é articular uma educação dialógica e participativa, é celebrar. Enfim, é agroecologizar o território!

Tudo isso começa nos espaços educativos, nas escolas, nas palestras, nas atividades culturais, nos quintais agroecológicos, nas oficinas e cursos, nas ruas e nas casas, em nós mesmos. Vamos agroecologizar o nosso território?

“Árvores guardiãs” é destinada principalmente a educadoras e educadores do ensino fundamental I e II, mas também pode inspirar educadoras e educadores de outras faixas etárias, seja no ensino formal ou informal.

E sabe quem é o protagonista? A educadora e o educador! Esses profissionais podem usar a sua criatividade e sua expertise para adaptar a proposta a sua realidade socioeconômica e cultural e à faixa etária com a qual atua, e, assim, possibilitar que seus estudantes sejam os protagonistas do amanhã. Junte-se a nós nesse trabalho em busca de um presente e um futuro mais consciente! Acesse agora a cartilha completa!