Você já refletiu sobre o processo da comunicação na educação ambiental?

Descubra algumas abordagens possíveis da comunicação nos processos de educação ambiental

Sem o pensamento não existe comunicação, sem a comunicação não existe o aprendizado e, sem o aprendizado primário não existe o ensinar. Paulo Freire e diversos outros autores e autoras influenciam grandemente a construção das práticas, metodologias e métodos pedagógicos utilizados pelo Corredor Caipira. 

O que importa, no final, é que buscamos nos comunicar. E, com comunicação, não queremos dizer uma simples transmissão de conhecimentos. Não. Nós buscamos articular, conectar – pessoas, ideias, diálogos, ações. 

Neste texto, vamos pensar em conjunto sobre como a forma de se comunicar está diretamente atrelada aos processos de educação ambiental (EA) e ver quais ferramentas os projetos socioambientais podem se utilizar para criar conexão com as pessoas do território e, assim, gerar transformações importantes na paisagem e na vida da sociedade. 

Inclusive, os tópicos que abordaremos a seguir são usados por nosso projeto, o Corredor Caipira, realizado pelo Núcleo de Apoio à Cultura e Extensão Universitária em Educação e Conservação Ambiental (Nace-Pteca) da Esalq/USP e pela Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq) patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.

Vamos conferir? 

Quais ferramentas da comunicação podemos usar na educação ambiental?

Para que os processos educadores deem certo, não basta despejar conteúdo sobre meio ambiente em cima dos participantes e esperar que memorizem e absorvam tudo. Isso não é aprender. Por outro lado, também não estamos mergulhados na visão utópica de que todo processo educativo será revolucionário e provocador de mudanças. O sonho de que todas as pessoas estejam abertas para trocas e transformações é algo a se buscar e trabalhar, não é uma garantia.

Veja aqui algumas abordagens que usamos para nos comunicar de uma maneira mais assertiva, quando se trata de educação ambiental. Estes aspectos são pensados quando planejamos nossas oficinas, cursos e, também, nos conteúdos das nossas redes sociais. Confira! 

Ter escuta ativa e acolhimento 

Articular e agir sobre a realidade, trazendo perspectivas palpáveis, ouvindo e acolhendo, sendo anfitriões e anfitriãs de processos coletivos de construção – os quais passam pela dialogicidade, pela contextualização, pelo respeito, pela escuta ativa, pela comunicação efetiva (que gera trocas que transformam cada pessoa que dela participa). 

Promover a participação

É pela construção conjunta (que busca significações inteligíveis por todas as partes) de ideias, de busca de soluções para problemas reais da comunidade ou das pessoas participantes do processo, que podemos construir ações que realmente tenham continuidade na vida e na paisagem dos indivíduos que fazem parte desse processo. 

Fazer com que os indivíduos se envolvam em conjunto e tenham voz ativa no processo é algo que fazemos com frequência em nossas atividades. 

Praticar a comunicação não-violenta (CNV)

Uma comunicação não-violenta e amorosa. E quem ama, escuta, respeita e liberta. A CNV é uma forma de entender a comunicação como um estabelecimento de relações de parceria e de cooperação entre as pessoas, com empatia e visando construir ações dentro de valores em comum entre as pessoas envolvidas.  

Criar laços e conexões

Criar conexões saudáveis e respeitosas, que considerem os diferentes contextos socioeconômicos, acompanhem o tempo dos indivíduos, saibam o momento para agir e o momento para se retirar e que cuidem; no processo de ensino-aprendizagem, é fundamental para se atingir o mundo desigual em que vivemos com o melhor que temos: uns aos outros e ao ambiente. 

E você, como se comunica? Se quiser saber mais conteúdos sobre educação ambiental, restauração florestal, agroecologia e outros assuntos, continue acompanhando o nosso blog. Siga, também, as nossas redes sociais e saiba todas as novidades do projeto Corredor Caipira! 

Escrito por Carolina Palavicini Gallardi ( aluna de  Engenharia Florestal e Licenciatura em Ciências Agrárias)