Conheça o jequitibá-rosa: espécie gigante da Mata Atlântica

Considerado a maior árvore da Mata Atlântica, podendo atingir 60 metros de altura, o jequitibá-rosa (Cariniana legalis) possui grande relevância ecológica, uma vez que está classificado como vulnerável, segundo a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais). Esta espécie apresenta um reduzido número de exemplares em ocorrência natural, distribuídos pelo leste brasileiro, desde a Paraíba até São Paulo. Sua longevidade também merece destaque: pode ultrapassar os 500 anos de idade!

O jequitibá-rosa, também conhecido popularmente como jequitibá, jequitibá-vermelho, jequitibá-branco, pau-carga ou pau-caixão, é uma das espécies escolhidas para a implantação do Banco Ativo de Germoplasma (BAG) do projeto Corredor Caipira. O BAG é um banco genético que abriga informações hereditárias para que possam ser usadas de forma imediata ou, ainda, com potencial uso no futuro.

Este trabalho está sendo desenvolvido na região de Piracicaba, interior de São Paulo, pelo projeto Corredor Caipira, realizado pelo Núcleo de Apoio à Cultura e Extensão Universitária em Educação e Conservação Ambiental (Nace-Pteca) da Esalq/USP e pela Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq) patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.

Além disso, o projeto visa fazer a restauração florestal de 45 hectares no interior paulista, nos municípios de Piracicaba, São Pedro, Águas de São Pedro, Anhembi e Santa Maria da Serra, em que o bioma do Cerrado e da Mata Atlântica Semidecidual são predominantes.

Quer conhecer mais sobre as características e utilidades do jequitibá-rosa? Continue lendo este texto!

O jequitibá-rosa é uma árvore essencialmente da floresta, onde ocorre em baixadas e encostas úmidas. Pode ser plantada a pleno sol, em plantio puro ou em plantio misto. Na restauração de mata ciliar, a espécie é indicada para locais livres de inundação.

Suas flores são melíferas, e seus frutos, quando vazios, podem ser utilizados no artesanato. Sua madeira pode ser utilizada de múltiplas formas, como construção civil, móveis e utensílios diversos.

Além disso, a casca do seu tronco é um poderoso adstringente e tem grande poder desinfetante, sendo usada na medicina popular contra as afecções da boca, inflamação da garganta e das mucosas, amigdalites, anginas e faringites, fazendo-se gargarejos com o chá quente.

Sua floração ocorre entre os meses de outubro a novembro, em Minas Gerais; de dezembro a março, no Estado de São Paulo; de janeiro a março, em Pernambuco; de fevereiro até março, na Bahia, e de abril a maio, no Estado do Rio de Janeiro. Seus frutos amadurecem entre os meses de maio a outubro, no Estado de São Paulo; de julho a agosto, em Minas Gerais; de julho a setembro, no Espírito Santo, e de dezembro a fevereiro, em Pernambuco. 

Agora que você conhece um pouco sobre o jequitibá-rosa, que tal conhecer mais sobre o projeto de restauração que pretende plantar esta e outras espécies pelo interior paulista? Conheça mais sobre o Corredor Caipira através do site e das redes sociais do projeto.

Escrito por Bianca Torres, gestora ambiental pela Esalq/USP.

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