O projeto
Que tal uma festa de Tambu e também de moda de viola, na beira do rio, com pamonha da roça feita de milho crioulo cultivado por uma rede de mulheres de agroecologia, em agroflorestas que são importantes para manter o ciclo das águas e unir os fragmentos de florestas de nossa região, criando um ambiente propício para os animais transitarem e as plantas se desenvolverem?
Essa é a expectativa do Projeto Corredor Caipira – Conectando Paisagens e Pessoas, realizado pelo Núcleo de Cultura e Extensão em Educação e Conservação Ambiental da ESALQ/USP (NACE-PTECA) e pela Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (FEALQ), uma iniciativa patrocinada pela Petrobras, que conta com inúmeros parceiros, como comunidades locais, acadêmicos, educadores, órgãos ambientais da esfera pública, entre outros.
corredor Ecológico
O projeto tem como objetivo estabelecer, até 2028, 100 hectares de florestas e agroflorestas, formando corredores ecológicos que conectam importantes fragmentos florestais para a conservação da fauna e da flora no território que abrange Piracicaba, São Pedro, Águas de São Pedro, Santa Maria da Serra e Anhembi. O projeto atualmente já plantou 50 hectares de árvores nativas.
políticas públicas
Para que os corredores agroecológicos façam sentido social e ambiental, se estabeleçam, perdurem e se espalhem pelo território, destaca-se como elemento imprescindível da articulação permanente de políticas públicas para a agroecologização local. Até 2028, nossa meta é criar conjuntamente com a população local e principais agentes interessados um Plano Emergencial de Restauração Ecológica, reproduzindo o que já fizemos em 2022, no município de São Pedro/SP.
Cultura e Educação
Almeja-se a cocriação de uma rede viva e atuante, comprometida com a transformação socioambiental. Para tal é imprescindível o engajamento de pessoas, comunidades e instituições por meio da realização de um processo educador dialógico e que traga à tona o papel e a importância da cultura caipira como mobilizadora de envolvimento e união de toda a comunidade, com destaque para as mulheres, os afrodescendentes, as crianças, as agricultoras e os agricultores.
Banco Ativo de Germoplasma
A iniciativa prevê a conservação genética de 20 espécies florestais nativas com relevância ecológica, econômica e cultural. Para isso, em 2022, foi implantado em 15 hectares, no município de Anhembi, um Banco Ativo de Germoplasma, com o objetivo de incentivar, resgatar e a conservar os cultivares crioulos.
Comunicação Socioambiental
a comunicação assume um papel importante na iniciativa, cujas estratégias reúnem práticas e metodologias compartilhadas com a educação ambiental que visam, além de divulgar nossa atuação, informar e educar a população sobre as práticas socioambientais e promover a cultura local.