O projeto “Corredor Caipira: Conectando Paisagens e Pessoas”, que tem patrocínio da Petrobras, realizou o plantio de 1.300 mudas de diferentes espécies vegetais, incluindo árvores, em dois mutirões realizados em Piracicaba (SP), nos meses de novembro e dezembro de 2024.
O “Corredor Caipira” é realizado pela Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq) e pelo Núcleo de Apoio à Cultura e Extensão Universitária em Educação e Conservação Ambiental (Nace-Pteca) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/Universidade de São Paulo (Esalq/USP). O patrocínio é da Petrobras.
Os mutirões aconteceram no dia 29 de novembro, no Sítio Casa Mato, no bairro Tupi; e no dia 13 de dezembro, na Chácara Kuaíra, na avenida Pompéia. Em ambos os casos, foram implantados Sistemas Agroflorestais (SAFs). Além do plantio, houve momentos educativos, com diálogos sobre as ações, que compuseram as Semanas Agroecológicas da Piracicaba Orgânica (Sapo Joel 2024).
Combinação de espécies agrícolas, frutíferas e árvores nativas
Os mutirões reuniram cerca de 50 pessoas, entre a equipe do projeto, membros do movimento agroecológico local, do movimento Tritura Pira e voluntários. De acordo com Henrique Ferraz de Campos, coordenador técnico do projeto “Corredor Caipira”, as atividades evidenciaram a importância de ações coletivas e solidárias voltadas à sustentabilidade.
“Os Sistemas Agroflorestais implantados foram cuidadosamente planejados para incluírem uma combinação de espécies agrícolas, frutíferas e árvores nativas, promovendo interação positiva entre elas e estabelecendo um sistema de cooperação”, afirma.
“Com o tempo, essas agroflorestas produzirão alimentos saudáveis, promoverão a geração de renda para as famílias envolvidas e também trarão benefícios ambientais significativos, como a conservação do solo, da água e da biodiversidade na região”, explica o coordenador técnico.
Espécies plantadas
No mutirão do dia 29/11, no Sítio Casa Mato, foram plantadas as espécies: café, banana, abacate, manga, eucalipto, gliricídia, limão-siciliano, limão-taiti, limão-rosa, caqui, jaca e caju, além das nativas pau-viola, mutambo, sangra-d’água, imbira, ingá-do-rio, ingá-branco, fruto-de-sabiá, capixingui, crindiuva, algodoeiro, monjoleiro, boleira, aroeira-pimenteira e pau-cigarra.
Já no mutirão do dia 13/12, na Chácara Kuaíra, foram plantadas as espécies: mamão, banana, lichia, caqui, eucalipto, gliricídia, além das nativas pau-viola, mutambo, fruto-de-sabiá, crindiuva, algodoeiro, boleira, aroeira-pimenteira e pau-cigarra. Futuramente, também será inserido o cacau.
Tritura Pira
O movimento Tritura Pira, segundo Henrique Ferraz de Campos, é um grupo de pessoas e instituições que visa estabelecer uma nova política pública de saneamento para o município. “O intuito é aproveitar o material de poda das árvores da cidade (tronco, galhos e folhas) para utilização como cobertura do solo na agricultura. As duas propriedades envolvidas nesses mutirões fazem parte deste movimento”, diz.
Foto: Jessica Lane
Escrito por Rafael Bitencourt, jornalista e coordenador de comunicação do Corredor Caipira