A biodiversidade presente nos biomas brasileiros, principalmente a Mata Atlântica, é riquíssima. Dentre as mais de 20 mil espécies presentes nesse bioma, neste texto vamos falar sobre uma delas, que é uma das espécies que mais se destacam por ser uma das gigantes desta floresta: o araribá rosa.
Você também pode conhecê-la por outros nomes, como aribá, araruva, ararauba, carijó, iriribá rosa, putumuju, tipiri, mas todas elas são a Centrolobium tomentosum. Inclusive, esta espécie é uma das integrantes do nosso banco genético ou Banco Ativo de Germoplasma (BAG).
Quer saber o que é um banco genético e, também, conhecer mais sobre o araribá rosa? Continue acompanhando este texto!
O que é o Banco Ativo de Germoplasma (BAG) e por que esta espécie faz parte dele?
Os Bancos Ativos de Germoplasma são unidades conservadoras de material genético de uso imediato ou que podem ser usados no futuro. São considerados bancos ativos aqueles em que há o intercâmbio de germoplasma, ou seja, da estrutura que armazena as informações hereditárias da planta.
Os BAGs são divididos em dois grupos:
- “In situ”: conserva o germoplasma no seu hábitat natural,
- “Ex situ”: conserva o material genético fora do seu hábitat natural.
O BAG do projeto Corredor Caipira trata de conservação “ex situ”, por ser em área fora das florestas nativas, contudo este material estará em ambiente de restauração florestal.
O projeto Corredor Caipira é um projeto realizado pelo Núcleo de Apoio à Cultura e Extensão Universitária em Educação e Conservação Ambiental (Nace-Pteca) da Esalq/USP e pela Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq), com o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental. Ele visa realizar a restauração florestal em 45 hectares na região de Piracicaba, interior do Estado de São Paulo e, além disso, promover ações de educação ambiental e, construir um BAG com 20 espécies importantes para preservar a flora da região.
O araribá, é uma dessas 20 espécies escolhidas para compor esse grupo. Continue acompanhando para saber o motivo de nossa escolha!
Conheça o araribá rosa!
O araribá rosa (Centrolobium tomentosum) é mais uma das 20 espécies que selecionamos para compor o nosso Banco Ativo de Germoplasma (BAG). Esta espécie é predominantemente encontrada na Mata Atlântica, mas também pode ser encontrada esporadicamente no Cerrado, em alguns locais do Estado de São Paulo.
As árvores maiores desta espécie podem alcançar até 35 metros de altura, sendo que em média alcançam 20 metros de maneira relativamente rápida, quando comparamos com o crescimento de outras espécies nativas.
O que torna essa espécie especial é o seu grande potencial para a restauração florestal, pois ela produz uma grande quantidade de folhas, que ao caírem no chão realizam o papel de enriquecer o solo conforme forem se decompondo, liberando nutrientes importantes. Além disso, essa espécie também apresenta propriedades medicinais, encontradas na casca da árvore, com propriedades adstringentes; e nas folhas, que podem ser utilizadas em machucados e feridas.
Você já conhecia esta espécie da Mata Atlântica? Para saber mais sobre árvores importantes como o araribá rosa ou sobre a biodiversidade do interior de São Paulo, continue conferindo nosso blog e, também, saiba mais sobre nosso projeto através das redes sociais do Corredor Caipira.
Escrito por Sara Casadio (alunas de Engenharia Florestal – Esalq/USP)