Para a realização desta transformação socioambiental e cultural tão almejada, que reúne sustentabilidade, solidariedade, justiça social e conexão da sociedade com a natureza, é de suma importância partir do contexto local de onde se quer intervir.
Por isso, listamos três passos, com perguntas norteadoras, para te auxiliar na reflexão e na execução de um projeto ou iniciativa que vise a transformação do território de forma participativa e plural, que leva em profunda consideração a cultura e as particularidades tanto da paisagem quanto das pessoas que ali residem e atuam. Confira!
1. Diagnostique o contexto local
Afinal, estamos tratando de uma transformação que prioriza o reencantamento de nossas paisagens através da implantação de florestas e agroflorestas. Para tanto, é preciso conhecer o território a partir deste ponto de vista, buscando entender:
- Quanto ainda existe de floresta no território?
- Quais são os tipos de uso de solo prioritários?
- O que se planta neste território?
- Como se planta?
2. Conheça quem já está atuando nessa transformação ambiental
Ao focarmos, ainda, no reencantamento das pessoas umas com as outras e com seus territórios, é preciso conhecer o território a partir do ponto de vista das relações, da cultura e das políticas. Para tanto, é importante saber:
- Quem atua neste território?
- O que já vem sendo feito?
- Quais são os espaços de cultura e de encontros?
- Quais são os espaços ativos de participação?
- Quais são os projetos, as organizações e as comunidades atuantes?
- Qual é o panorama das políticas públicas locais, elas tocam nas questões que queremos tocar?
3. Execute ações levando em conta o contexto, a participação e a cultura local
Seguem alguns pontos que gostamos de ressaltar sobre a importância de partir do contexto local para a realização de projetos e intervenções para a transformação socioambiental:
- O conhecimento do território e de suas relações pode se dar através da elaboração de mapeamentos e diagnósticos socioambientais e culturais;
- Quanto mais participativo for o processo de elaboração destes produtos, mais plural ele será, levando em conta diferentes olhares e perspectivas e também mais chance de envolvimento de pessoas;
- A partir do contexto é que se criam soluções realmente úteis, conectadas com o território em questão;
- Realizar intervenções sem conhecer o contexto traz um risco enorme de que estas propostas não atendam o que o território as aquelas pessoas necessitam e querem.
Quer saber mais sobre como promover a transformação socioambiental em seu território? Temos em nosso site dois materiais interessantes, com exemplos práticos de como o projeto Corredor Caipira, realizado pelo Nace Pteca da Esalq/USP e Fealq, e patrocinado pela Petrobras, aplicou os métodos descritos acima em municípios do interior de São Paulo.
Baixe nossos e-books “Restaurando o Amanhã” e “Como conectar paisagens e pessoas com florestas, cultura e participação” e comece a promover a transformação socioambiental onde você está.
Foto: Jessica Lane
Trecho retirado e adaptado do guia metodológico “Como conectar paisagens e pessoas com florestas, cultura e participação”